quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O significado da escrita para mim.



Nasci para escrever. É aquilo a que sou boa, o que melhor faço, o que me sinto melhor a fazer. É o meu veículo de expressão, de canalização de emoções. Considero-me escritora, e não preciso de ter um livro à venda na FNAC para me considerar como tal, da mesma forma que um músico não precisa que a sua música passe na MTV, pode ser uma banda de garagem. No fundo, é isso que a minha escrita é, apenas palavras soltas escritas amadora e clandestinamente na minha garagem. Sou escritora a partir do momento em que sinto que tenho uma palavra minha para dizer ao mundo, uma palavra só minha e de mais ninguém, e que a melhor forma de a dizer ao mundo, é deixá-la por escrito.

E como escritora, tenho fases. Já tive a minha fase Fernando Pessoa, a minha fase José Saramago, a minha fase Janela Aberta, a fase em que estava a descobrir-me como escritora, em que tinha muitas influências alheias de autores que admirava (e ainda admiro). Agora estou numa fase diferente, numa fase só minha, esta fase em que me exploro de forma nua e crua, o meu íntimo no seu estado mais puro. É uma fase menos explícita, mais discreta, para bom entendedor meia-palavra basta. 

É este o significado da escrita para mim. É tudo, é uma paixão que tenho desde que me lembro, uma necessidade de transpor para palavras as situações mais corriqueiras do dia-a-dia, às experiências de vida mais marcantes. É o genuíno amor às palavras.

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